quinta-feira, 29 de julho de 2010

Juvenal

Juvenal Juvêncio é o atual presidente do São Paulo Futebol Clube. Tem uma daquelas psiques difíceis para Freud explicar, porque quando Diretor de Futebol, coleciona glórias para o clube, na era Telê Santana e nas conquistas de 2005. Quando chega à presidência do clube, os resultados não são os mesmos. A sua atual presidência está chegando perto do catastrófico, depois de um primeiro mandato melhor, quando bancou teimosamente Muricy Ramalho e foi campeão brasileiro depois de primeiros semestres ruins. Costumo dizer que ele é uma mistura de Paulo Francis com Hugo Chaves. Dos dois tem a humildade e a habilidade política, além da impostação de voz do Paulo Francis, o tom solene e teatral de se dirigir à mídia. Hoje ele tornou o São Paulo uma unanimidade: brigou com a Federação Paulista, a CBF, a FIFA e se bobear, vai romper com Barack Obama e Lula. Queria contratar Dunga, um técnico com a mesma capacidade política e de conciliação que a dele. Nenhum clube grande ou pequeno de São Paulo joga no Morumbi, pois ele conseguiu, com suas colocações oportunas e ponderadas aglutinar a todos contra o estádio que, depois de décadas de deficit, estava dando lucro. O São Paulo jogou com o ridículo patrocínio do Criança Esperança no igualmente ridículo desempenho do time ontem, jogando como o União São João de Araras uma semifinal de Libertadores. Lembra o Barcelona, "patrocinado" pela UNICEF para fazer um mundo melhor.Sabe por que? Porque ninguém quer pagar as suas cifras de patrocínio e ele não vai ficar atrás do arquirival Corinthians. Recusou propostas milionárias por Hernanes e Miranda, agora vai ter que vendê-los na liquidação de saldos e retalhos. Tudo isso por que? Pela mesma característica de empáfia, arrogância e dificuldade de empatia humana. O senhor JJ em algum momento se convenceu que dirige um Real Madrid brasileiro, que ele e seu clube são muito bacanas e não precisam de ninguém. Espero que o São Paulo resista e sobreviva à sua gestão ruinosa.

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