domingo, 16 de janeiro de 2011

A Chuva e o Silêncio

Vou me manter um pouco nesse assunto. A TV só mostra as imagens da tragédia carioca, ficamos presos e presas da impotência. Não estamos acostumados às tragédias naturais, e essa época do ano está começando a nos treinar no assunto. É o terceiro ano que as chuvas produzem essas cenas de devastação, a segunda vez no Rio de Janeiro. Na Medicina Chinesa, o elemento água pode ser contido pela terra e vem apagar o fogo. Vivemos uma época de muito fogo, muita aceleração, gerando grandes desequilíbrios, inclusive globalmente. Queimamos muito, corremos mais ainda, geramos calor na atmosfera e no planeta. Muito do que está postado nesse blog fala sobre isso. Podemos ver, quando ocorre a tragédia, a mídia procurando culpados, e sempre vai encontrar alertas ignorados, ações adiadas e ministros desviando verbas a seu estado de origem. Mas fica um gosto amargo que todos temos participação nesse tipo de evento. Por que será?
O psiquiatra suiço Carl Jung descobriu, ou redescobriu, o Inconsciente Coletivo. Uma paciente minha teve há alguns anos um forte pesadelo, acordou gritando em uma língua estranha, o marido afirmou que parecia russo. No dia seguinte houve a invasão de uma escola e crianças foram massacradas na Chechênia, com imagens aterrorizantes atravessando o mundo. Crianças russas. O Inconsciente Coletivo é um substrato psíquico que nos une a todos, em todo o mundo. Podemos nos emocionar com os mineiros de Chile e com as histórias de heroísmo e resistência na tragédia de Terezópolis, porque estamos conectados no Inconsciente Coletivo. É por esse motivo que nos sentimos parte do que está acontecendo. Mas como ajudar? Como diminuir a marcha da loucura coletiva?
Podemos nos conectar gentilmente com Gaia, a psique do planeta, e pedir que as forças da natureza se harmonizem. Os budistas fazem isso o tempo todo sem pensarem que isso é tolo ou pouco científico. Podemos orar, em silêncio. Parece pouco, mas não é.

2 comentários:

  1. Sim, podemos!!!
    Obrigada!
    Abraço,
    Sonia

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  2. Como diminuir a marcha da loucura coletiva? Quem sabe sendo realmente "humano" na essência da palavra.Tendo respeito a vida e ao planeta que nos acolhe.Olhando além do que os olhos podem ver e aprendendo a SENTIR e, não somente reagir utilizando só emoções a um modo de vida mecânico, capitalista.Parando de usar a desculpa intelectual que eu sozinho não sou capaz de mudar o mundo. Tendo como exemplo Gandhi, Jesus, Buda e etc. Realmante orar, entrar em harmonia com Gaia, emanar energia ao planeta já é um começo, mas vc pode fazer mais que isso no seu dia-a-dia......... basta querer!A.M.

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