quinta-feira, 28 de abril de 2011

William e Kate

Estava ouvindo um analista na CBN falando tanta bobagem a respeito do casamento Real na Inglaterra, o casamento de século entre o Príncipe William e a belíssima plebéia, Kate, que resolvi dar o meu pitaco. O tal do fulano dizia da inutilidade e irrealidade dessa história de casamento real no mundo moderno. O casamento Real é irreal, poderíamos resumir de seu comentário.
O filme ganhador do Oscar desse ano, "O Discurso do Rei", mostra de forma dramática a necessidade da família Real inglesa se adaptar aos novos tempos, fazendo uso de uma nova e potente mídia, o rádio. O príncipe Albert sendo completamente gago, sobretudo em situações de exposição social, emudecia em espasmos de esforço diante dos microfones. O seu pai berrava para ele falar, o que com certeza não ajudava muito. Desde então a nobreza da casa dos Windsor tem feito das tripas coração para se adaptar aos tempos da hipermídia e dos tablóides publicando conversas íntimas entre o pai de William, Charles e sua amante Camila, onde ele dizia que "queria ser o seu Tampax" (não me parece uma fantasia sexual agradável, a menos que Charles seja um vampiro, mas essa é outra história).
Eu particularmente não tenho lá tanto interesse na monarquia inglesa, nem em outras monarquias, mas acompanhei com interesse a morte da Princesa Diana e a sensação coletiva e mundial de luto pela morte prematura de uma mulher que deu uma face social e militante à monarquia empoeirada.
Nessa época em que os jogadores de futebol são contratados ou não em função de seu valor midiático, a casa Real Inglesa continua valendo ouro. As meninas continuam crescendo com fábulas de princesas e príncipes, os filmes de Hollywood continuam propagando no imaginário das pessoas a união de pobres e ricos, plebéias e príncipes em suas comédias açucaradas. O espetáculo das Revistas Caras da vida propaga exatamente essa idéia, de aristocracias sorridentes brindando a sua felicidade de plástico na Ilha de Caras. O casamento do príncipe bundão com a morena estonteante toca sim, profundamente no imaginário coletivo e traz ventos de renovação para a Casa Real Britânica. O casal real, como mais uma peça na cultura pop, serve como ícone de identificação para o cidadão comum. As roupas de Kate já viraram moda, o sorriso de William já prenuncia a sucessão em grande estilo, quando a sua avó vai pular uma geração (a de Charles, ufa!) e vai entregar a Coroa majestosamente (desculpe o pleonasmo) para o seu neto e a sua bela esposa. Esperemos que ela faça isso bem rápido, antes que a primeira crise conjugal chegue aos tablóides.

Nenhum comentário:

Postar um comentário