sábado, 16 de julho de 2011

Livro de AutoAjuda

Dando sequência a essa fase do "que me der na telha", vou fazer mais uma pérola de autoironia, que é escrever textos de suposta autoajuda. Quem andou acompanhando os meus últimos posts deve lembrar de um em que eu contrapunha um livro budista que eu comprei numa bookstore de Orlando com os livros de "Faça Assim, Faça Assado" que dominam as prateleiras de Autoajuda. O livro budista enfatiza a importãncia de se respeitar a experiência individual e a capacidade pessoal de uma pessoa se desenvolver e achar as próprias respostas, o que deveria ser uma das metas da Psicologia Profunda. Fiz naquele post um contraponto com os livros em que o autor descreve a própria experiência como universal e a si próprio como Mestre do Bem Viver. "Faça desse jeito e os resultados não vão demorar". Uma espécie de Polishop da Felicidade Humana. Deve estar ficando claro nesse, como no outro post, qual o tipo de trabalho, e livro, me agrada mais. O fato é que eu e quem mais acredita na capacidade humana de criar sistemas de aprendizagem e desenvolvimento pessoal a partir da própria capacidade, estamos perdendo de goleada. Basta dar um pulo nas bookstores brasileiras para ver que não só as prateleiras de autoajuda ocupam o triplo do espaço das de Psicologia, como as próprias prateleiras de Psicologia estão dominadas por psicólogas(os) que incorporaram o discurso Faça Você Mesmo, Ou Faça O Que Eu Digo, Não o que EU Faço, dos livros de Autoajuda. "Ame-se e tenha os homens aos seus pés". Esse seria um bom título para meu livro, não?
O fato é que ficar na beira da estrada bancando o crítico rabugento não vai funcionar. Se existe demanda e mercado para os livros de Autoajuda é porque tem uma grande quantidade de pessoas precisando de respostas, mesmo que de respostas simplificadas e simplificadoras. Nunca na história da humanidade tivemos tanto acesso a informação e qualquer tema que "googarmos" na internet vai produzir dezenas de especialistas falando alhos, contra outra dezena falando bugalhos. Não sabemos mais em quem confiar e como filtrar opiniões tão conflitantes.
Vou basear as minhas primeiras incursões no reino de Autoajuda no livro "Mindfullness" escrito por uma psicóloga pesquisadora, Ellen J. Langer, Merloyd-Lawrence Books, 1989. O livro vai ter a forma de diálogos e pequenas histórias ilustrativas, pois sou um autor de limitados recursos literários e aprendi a me expressar razoavelmente nessa estrutura dialógica. Se for ficando chato, acabo logo com esse caminho e volto a escrever sobre filmes. Posso até incluir o novo filme de Woody Allen, viu Ana? (vide comentários do blog). Posso até mudar de idéia amanhã, que ando meio instável ultimamente. Ou se os meus leitores mandarem parar. Acho que vou começar hoje mesmo.

3 comentários:

  1. Pra quê parar,parar pra quê!!!Eu não estou reclamando....bjs e bom domingo

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  2. Obaaa!!!
    Eu gosto da sua estrutura dialógica!!
    Já estou esperando os próximos posts!!
    Bjs
    Sonia

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  3. A leitura da Auto-Ajuda, me fez lembrar deste trecho que li em uma de minhas leituras:

    "Escolhi o que me foi dito para escolher:
    Disseram-me gentilmente quem eu era...
    Esperei, e imaginei o que aprender...
    Oh, Aqui, duas vezes cego ao nascer."
    (David Wagoner, "The Hero with One Face)

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